Esqueci de contar...
A gente quando chegô in Curitiba tinha suspeitado qui u cabo di embreáge da motoroca do TARJAPRETA tivesse pronta pra arrebentá, tava fazenu baruio tipo trek...trek... Daí os paupitero (BACA (eu), PEIXE, BA) falaru: “Issu é cabo rebentanu e uns dois fio du cabo já foi pru saco”. O TARJA ficô ainda mais doidu...
Quando di manhã começamu a prepará as traia nas motoroca. Eu, curioso que sô, dei uma oiada, só dava cabo frôxo encostanu nu plástico qui fazia baruio. Meti os olho e ficô tudo bacana, o TARJA quase me deu um beijo (inheca!).
Continuamu a metê as traia nas motoroca pra partí cum destino à Porto Alegre.
Sainu de Curitiba um trânsito infernaaal, e nóis, qui num somu bobo nada, comecemo a fazê qui nem motoboy, daí vencemu os carro, caminhão e começamu a descê a serra cum destino à Porto Alegre. Estradaça legal...e ai vamu nóis! Os quatro coladimm em fila (é bunito demais vê essas V.Strom em curva... e a Varadero tamém), êta nóis nas curva, andanu forte, enrolando os cabo, quase arrastaaaando esses bauleto nu chão...
Bom, daí nóis paramu pra abastecê e usá o banheiro. Estranhei e disse pru TARJA: “Ué, entrei nu banheiro errado, esse banheiro é das muié! Só tem vaso, num tem mictório...”. Aí o TARJA disse: “Ah! Isso é banheiro di gaucho, ‘tchê’, os cara daum ‘ré’ meeesmo!” hehe..
Continuando, pegamu as moto e voltamu a descê a serra. Perto de Balneário Camboriú paramu nu pedágio, antes mesmu da cancela abrí avistamu na cancela ao lado uma renca de motociclista. Mais ou menos umas 5 motosesportiva, uns cara mal encaradu, cum roupa própria... Comu nóis motociclista dizemu: Quem anda de esportiva é “gavião” e nóis que andamu de Big Trail somu “falcão” e falcão num anda cum gavião!
Na cancela demu uma encarada um no outro e largamu junto cum as esportiva. Huuuum, eu fiz um gesto pru TARJA e ele começô, depois bundô, ai pensei: “Agora é comigo!”, e fui... O B.A. tamém, aí o bicho pegô, porque os cara eram bão de reta e pensei “nas curva tem qui dá eu” e acelerei com o B.A. na cola, dispois bundanu e só finginu qui torcia preu lenhá os cara.
Na reta eu levava ferro, esperava uma curva e logo na primeira enrolei os cabo COM FORÇA! A V.Strom quase arrastanu de novo os bauleto no chão e “vrap” lenhei eles tudo na curva, só qui na saída da curva tinha uma reta e pra fazê bunito continuei enrolando os cabo e o bicho pegô pro meu lado, porque eu tava a uns 180Km/h quando minha moto começô a “chimá, passarinhá, rebolá”. Meus olho começaru a esbugaia, pensei qui os bauleto iam soltá e o B.A, o PEIXE e o TARJA iam tê qui pegá! Vi minha vó, meu pai e minha mãe pela greta e pensei: FERRÔ! O B.A. só num colocô as mão na cabeça porque tava cum elas nu guidão.
Cum medo du inferno comecei a desenrolá os cabo cum força. O primeiro deles qui passou por mim enrolou o dedo na cabeça dizenu qui eu era doido. Bom, dispois desse sufoco voltei ao normal, tranqüilo pra chegar a Porto Alegre.
O B.A.-língua-solta, fudeu, contô essa história pra todo mundo, incrusive pro chefe (LINEU), e ai fudeu mesmu, porque o chefe disse: “É.. só podia sê coisa de BACALHAU. Tamém, num tem cabeça...”. Pensei: “Ah, vai pentiá macaco, LINEU!!!”
Depois conto de Porto Alegre ao Chui (Chuy).
Inté.
BACA.