Bem Vindos One Way Expedição 2010

domingo, 10 de outubro de 2010

Fazedores de Chuva

Isso não é uma lenda, no motociclismo de viagem, existe um seleto grupo de amigos motociclistas, chamado "Fazedores de Chuva". Em espanhol "Hacedores de LLuvia e em inglês, Rain Makers".

Para ser considerado um motociclista "Fazedor de Chuva", é preciso rodar entre os extremos das Américas. Ushuaia-Alasca ou vice-versa.
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Reza a lenda, contada pelos velhos índios totonacas que ainda perambulam ao largo da planície costeira do estado de Vera Cruz e em La Sierra Norte de Puebla, que “entre as cidades de Totomoxtle e Coatzintlali existia uma caverna em cujo interior os feiticeiros ou sacerdotes de um antigo povo, haviam levantado um templo dedicado ao Deus do Trovão, da Chuva e das Águas dos Rios. Esses sacerdotes se reuniam a cada tempo para provocar a chuva, na época da semeadura dos alimentos. Passaram-se os séculos, e um dia, chegou as praias do lugar onde morava esse antigo povo, um tipo de gente ataviada de um modo singular, trazendo consigo outros costumes, outras leis, outras religiões; e tinha a característica de estar sempre sorrindo. Eles eram os Totonacas. Por estarem insatisfeitos e serem insubmissos à nova ordem, os sacerdotes feiticeiros Fazedores de Chuva foram colocados dentro de um barco e lançados ao mar, condenados pelos Totonacas a vagar em torno das Américas, sem jamais poderem voltar”.

Como contatar um dos motociclistas "Fazedores de Chuva"?

Vá percorrer as 3 Américas de moto que é quase certo que você encontrará um dos caciques na estrada...

(texto escrito pelo motociclista PHD Artur Albuquerque)

Da Expedição Patagônia 2010





Pessoal, concluímos hoje a Expedição Patagônia, chegamos a BH e nos encontramos com nossos familiares, estamos realizados e muito orgulhosos do nosso feito.

Temos muito a agradecer a todos que nos acompanharam e encorajaram nessa aventura; principalmente nossos familiares, amigos e aqueles que nos apoiaram com patrocínios, dicas e orientações.

Assim gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer especialmente aos Anjos do trem de motos que velaram por nossa segurança nos deslocamentos e nos mantinham informado do comportamento dos pilotos e de eventuais riscos para o grupo. Muito obrigado!

Por fim, precisamos ressaltar mais uma vez a atenção que recebemos do Povo Argentino: muita urbanidade, cordialidade e uma demonstração inconteste de admiração e respeito pelo nosso País e nossa gente. Obrigado Fraternos!

Ressalte-se ainda, que em todo o percurso não recebemos qualquer advertência das autoridades argentinas ou chilenas, tivemos comportamento exemplar, também neste aspecto. Parabéns parceiros!

Também é digno de registro o comportamento dos policiais argentinos, desde os provinciais à Gendarmeria Nacional, sempre com muita educação e cordialidade a nos orientar no exercício do controle necessário; diferentemente dos relatos anteriores que lemos e das experiências anteriores que tivemos. Um exemplo a seguirmos.

Particularmente, nesta oportunidade, gostaria de agradecer meus companheiros de viagem, pela cumplicidade, cooperação e espírito de equipe, todos tiveram comportamento exemplar e atitude de verdadeiros guerreiros, tivemos oportunidade de ressaltar o comportamento de todos nos diversos comentários que fizemos. Estou muito honrado de ter podido pilotar ao lado desses bravos motociclistas.

Para se ter idéia da bravura destes motociclistas no empreendimento de uma viagem dessa envergadura, sem qualquer tipo de apoio, foi imprescindível: ter confiança na moto, na própria experiência e na capacidade de pilotagem; foi preciso ainda superar todos os desafios recorrentes na solidão do capacete e as adversidades climáticas da Patagônia: onde a natureza é absolutamente selvagem, a aridez, a vastidão e o frio das espetes exigiram demais de nossos bravos pilotos.

Também foi preciso contornar todas as situações de risco e se superar demonstrando expertise para pilotar sobre o Ripio entre Cerro Sombrero e San Sebastian, em Ushuaia e entre Puerto Natales e Torres Del Paine no Chile. Mas teve suas compensações na rara beleza das montanhas nevadas do fim do mundo, nos comovemos dentro dos nossos capacetes quando nossos olhos alcançaram o fim do mundo!

Isso já daria uma vaga idéia da magnitude desta soberba aventura e seria suficiente para que se possa avaliar a coragem, a determinação e o espírito de aventura, como características desses bravos pilotos, por isso, reconhecemos o mérito de todos e rendemos a todos esta merecida homenagem.

Muito obrigado a todos.

Abraços e até a próxima aventura: Machu Picchu 2012.

Abraço Fraterno,

Orlando

Desde Clorinda-Ar a Ciudad Del Este-PY






Pessoal, aqui começa o trecho final da Expedição Patagônia 2010 até o embarque das motos e pilotos em Foz do Iguaçu-Br.
Seguramento foram os 356 Km mais difíceis que enfrentamos nas rodovias: de começar pela Aduana e Imigração na Fronteira com a Argentina. Foi muito difícil sair da fronteira e alcançar a Ruta 2 que levaria de Assuncion a Ciudad Del Este. Muito transito caótico na periferia, algumas vezes desacreditei no GPS, mas persistimos! Mesmo quando chegamos à Ruta, não dava para acreditar que houvesse uma lógica compreensível nas regras de circulação nas vias; muito transito urbano, motonetas, pedestres, animal de vida doméstica conduzidos por pessoas, outras vezes soltos nas rodovias; um verdadeiro caos. Além de tudo, a cada 20 km um policial nos parava para entrevistar, num misto de curiosidade e admiração; lá pelas tantas começou a nos incomodar, além da nos atrazar. estávamos ansiosos para chegar ao Brasil.
Se puderem evitar este caos, continuem na Argentina pelas Missiones até Puerto Iguazu; está teria sido a melhor opção!
Finalmente chegamos: por volta das 19 horas; cansados, famintos e orgulhosos de termos conseguido.
Estamos muito felizes e realizados, agora fazemos parte de uma estirpe diferenciada de motociclistas que alcançaram El Fin Del Mundo.
Abraços,
Orlando

Desde Reconquista a Clorinda-Ar




Pessoal neste trecho o deslocamento foi "Zero Trauma", temperturas amenas e muita reta. Algumas rajadas de vento a nos trazer de volta ao capacete quando o pensamento voava. Não se pode descuidar; o vento mesmo nos Pampas ou na Provincia do Chaco, está sempre presente.
O pior viria a seguir o Paraguay.

Por Orlando

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Foto da galera - Ushuaia